domingo, 23 de agosto de 2009

Que seja doce .

‘(...) Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se agüenta, que eu vou pro meu lugar (...)’

( Marcelo Camelo )

A Despedida.

Não sentia os minutos que corriam velozes, mas lentas gotas de chuva fria caíam sobre seus cabelos, seu rosto, seus ombros. Uma a uma. Deitava então a noite.

Ao seu lado alguém que agora era um desconhecido. Perdido em paixões, palavras, sorrisos, amores, braços, abraços. Desconhecidos.

O silêncio gritava sonhos, desejos, medos em seu ouvido. Perguntas, respostas. Riu-se. Na pressa de entender, de chegar ao ponto certo não havia olhado ao redor. Margaridas, bicicletas, arco-íris, laços, outros.

Uma lágrima quente, tímida, nadou de encontro à chuva. Não há tristeza em seu olhar. Suas asas agora batem coloridamente.

- Seja feliz, seja muito feliz. Eu vou ser. Muito.

Entregou-lhe o último beijo, o último sorriso. Fortes, corretos, simples. E com os pés molhando o mar, estrelas escorrendo pelo corpo voou para além daquilo que, ao lado dele, não conseguia enxergar.

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